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Estudantes fazem ato contra Novo Ensino Médio e por paz nas escolas

O ato na capital de São Paulo reuniu milhares de estudantes no vão do Masp. 

Estudantes fazem ato contra Novo Ensino Médio e por paz nas escolas
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Com o pedido de paz nas escolas, organizações estudantis chamaram um ato na manhã desta quarta feira (19) pedindo a revogação do Novo Ensino Médio e também por medidas mais efetivas para combater a violência nas escolas. O ato na capital reuniu milhares de estudantes no vão do Masp. 

Os estudantes reclamaram que não houve autorização do governo do estado para uso do caminhão de som. Mesmo assim, eles prosseguiram com a passeata planejada inicialmente, que foi até o centro, para a sede da Secretaria Estadual da Educação. 

Pietra Marcitano, estudante do 3º ano e líder do grêmio estudantil de uma escola na zona norte, explicou que ela precisa ter aulas em um cursinho para aprender matérias como biologia e física, em função da implementação do Novo Ensino Médio no estado. 

"Entendo que é um caso muito particular. Eu fui atrás de um cursinho e eu sou bolsista em um cursinho. Cursinho pago, que eu entendo que, pelo menos na minha escola, se 10% das pessoas têm condição de fazer isso, é muito. Então, assim, eu tenho condições de ser bolsista em um cursinho - meus colegas não tem. E os cursinhos populares também estão lotados, cada vez mais sucateados, muitas vezes... cada vez mais, o Novo Ensino Médio, esse projeto neoliberal de educação, faz com que a gente tenha que procurar uma educação que a gente seja autodidata. Que a gente se ensine, que a gente vá atrás, e não que a escola dê para gente a educação que a gente precisa".

Em São Paulo, a implementação do Novo Ensino Médio foi mantida pelo Conselho Estadual de Educação, apesar de ter sido suspensa  pelo MEC. A Secretaria de Educação afirmou que está em diálogo com os estudantes e comunidade escolar na implementação das mudanças no Ensino Médio e que poderá rever a carga horária das disciplinas em 2024. 

O presidente da União Municipal dos Estudantes, Lucas Gidra, por sua vez, demandou investimentos e contratação de mais profissionais qualificados para as escolas em São Paulo e falou que a presença de policiais não resolve o problema da violência. 

"Não é você botando um policial dentro da escola que resolve o problema. Um policial lá, na prática, no caso da (escola) Thomazia (Montoro), ia fazer o que de diferente? Que que ele ia resolver naquela situação? Agora, eu tenho certeza, se a gente tivesse mais profissionais na escola, tivesse um acompanhamento com aquele aluno, tivesse identificado o problema - e olha que foi identificado, mas não foram tomadas as medidas necessárias. O Estado negligenciou - a gente com certeza teria evitado aquele incidente. E precisa-se regular as mídias sociais, precisa ter uma educação sobre a questão das mídias sociais, que é uma questão muito importante. A juventude fica muito refém do que está vendo, do discurso de ódio na internet".

O Ministério da Educação confirmou nesta terça (18) que fará consulta pública a mais de 100 mil estudantes de todo o país, através do WhatsApp, sobre o Novo Ensino Médio, a partir do dia 8 de maio. 

Procurada para falar sobre a proibição do caminhão de som, a Secretaria de Segurança Pública não respondeu até o fechamento 

 

*com colaboração de Fernanda Cruz

FONTE/CRÉDITOS: Agência Brasil
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